sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Gay do Meio ou Fora Dele?


Hoje a tarde fui a praia aqui em Ipanema, e haviam dois rapazes gay com uma amiga sentados bem próximo de onde eu estava. Não pude deixar de escutar o papo deles, e a garota argumentava com um dos amigos que acha estranho ter essa de lugar "Friendly", ou aqui você pode ser gay, mas ali não. 


Um dos pontos do papo que captei era que na Rua/Praia Farme de Amoedo (rua gay do Rio) você pode andar livremente de mãos dadas, trocar carinho com seu parceiro e/ou namorado, mas ao sair dali, você não poderia, porque a sociedade não iria ver com bons olhos. Entendo a colocação, há locais onde os gays são hostilizados ou visto comicamente, muito das vezes essas visões partem de pessoas imaturas e que certamente não possuem o mínimo de respeito ao próximo, que dirá de si mesmo. 


Já comentei aqui no blog que sou totalmente fora de meios (tento) e não os vejo com bons olhos. É claro temos afinidade com grupos sociais. O meio gay que pode parecer um lugar de liberdade e tranquilidade, acaba impregnando as pessoas de idéias que as levam na maioria das vezes ao isolamento do mundo externo, e a só ver o meio gay como o local correto. A visão de quem está fora (do meio gay), é muito das vezes distorcida sobre quem ali está; entendendo muito das vezes que aquele subgrupo é uma identidade de promiscuidade e de costume fora dos padrões (caso gay).

Mas o que seria padrão? A sociedade nos deu alguns parâmetros a serem seguidos, mas é certo, que tirando as mais conservadoras como as islâmicas, as outras dão espaço a mudanças e aceitam certas evoluções.

Muitos gays vão somente a boates, restaurantes e praias GLS, pois em muito dos casos se sentem mais seguros e a vontade para expressar seu afeto e/ou paquerar livremente. Dizem que em outros locais são constrangidos pela sociedade que não aceitam dois homens se beijando. Isso é verdade, mas é verdade também, que depende como você encaminha suas caricias e afetos. Não estou dizendo que toda cidade, bairro, ou ponto comercial aceitaria dois homens se beijando. 

É a maldita nomenclatura criada pelos homens, para separar os próprios homens. Essa divisão de grupos entre Hétero ou Homossexual, é tão infantil e imatura que acaba separando entes da sociedade que deveriam está mais juntos, e estão no dia-a-dia, mas no afetivo se estranham.

Confesso que não vejo com bons olhos um casal hétero ou gay quase se engolindo em um beijo. Já falei aqui de uma vez que vi em um ônibus uma garota passava a língua na orelha do rapaz, e isso tendo uma senhora de 70 anos no banco ao lado. Acho que as pessoas deviam ter desconfiômetro. E saber, aqui posso ser mais explicito, mas ali não.

Nós gays temos que ser bastante centrados quanto há alguns pontos, existem sociedade mais abertas, aqui mesmo no Rio em Ipanema, canso de ver casais gays, principalmente no verão de mãos dadas nas ruas, claro, isso não é o ano todo, mas já há uma aceitação, mesmo que o preconceito dos “ héteros” esteja recluso a seus íntimos. 

As pessoas aos poucos passam a entender que o gay é uma pessoa comum e igual a qualquer uma outra, trabalha, estuda, se diverte e ajuda a mover economicamente e socialmente uma cidade, estado ou país, e principalmente tem sentimentos como todo ser humano.

No nosso meio, há muitos gays, que são impregnados de preconceito, eles dizem “se não é gay não presta”, “não vou a lugar que não seja gay”. É o preconceito interno e externo distorcendo e separando mais ainda as pessoas.

Hoje mesmo, quando estava na praia de Ipanema, não estava na praia gay, a qual não frequento, mas se você olhasse com um olhar mais clinico iria ver uma grande quantidade de gays espalhados por toda a praia em meio aos héteros A praia acaba sendo um dos lugares mais democráticos neste sentido, apesar de no Rio, tem núcleos gays, de drogados, de favelados, dos lutadores, dos playboys. Mas no geral, pode-se encontrar gays assumidos ou não em todos eles.

Creio que um ponto fundamental é a forma como você é. Se você impõe respeito, não digo agressividade, mas se você é na sua, tem caráter não fica dando em cima de geral, e tenta não ser debochado demais, as pessoas tem mais facilidade de interagir com você. Isso, não é uma obrigação, ou ato de pena, é apenas a forma com que as pessoas tentam conviver umas com as outras.

Estes dias andando na orla, vi dois garotos de mãos dadas a noite, eles estavam na deles, não requebravam, e nem tinham trejeitos de mulher, não vi uma pessoa se quer rindo deles, apontando para eles, mas já vi casos em que os rapazes estavam de mãos dadas na rua em tom agressivo de afronte, as pessoas comentavam, e outras riam.

Creio que há espaço para todos na sociedade, é certo, que há muito preconceito ainda para ser rompido de héteros para com gays, de gays para com héteros e de gays entre gays. Preconceito é um mal que infelizmente sempre vai existir. Mas pode ser acentuado, então, cabe a todos nós tentarmos nos desarmar, sermos um pouco coerentes quanto a nossos atos, e aos poucos vamos mostrando e fazendo que a sociedade compreenda que todos “iguais”, com diferenças, mas todos somos seres humanos, e devemos respeitar uns aos outros.

Conselho: Fujam dos meios e ajudem a libertar a humanidade do atraso, e a torná-la mais humana e respeitável.

3 comentários:

  1. I'm in love with your mentality,and the sweet way you have as your signature to approach,such topics
    Like this,I read it all and even though there's words I cannot understand.is clear enough for me.
    I wish. 75% of the entire world population were your clones,and share your same points of view.
    You are without a doubt,a very unique human being
    One of a kind,I hope to continue readimg more topics

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  2. Parabéns pela coerência em seu pensamento. Só podem usar contra nós aquilo que decidimos esconder, pois se escondemos é por também considerarmos errado. O importante é demonstrarmos com atitudes simples que o afeto não enxerga gênero sexual. Ele está presente entre pessoas que se querem bem.

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